• Escultura Bizantina (330 a 1450 d.C.) – Até o século IV, a escultura cristã primitiva tinha sido quase exclusivamente relevos de túmulos para sarcófagos em Roma. A arte do Império Romano do Oriente, com sede em Bizâncio, foi quase totalmente religiosa, porém com exceção de alguns relevos rasos em marfim e ourivesaria, a marca ortodoxa do cristianismo não permitia obras tridimensionais, como estátuas e altos-relevos. Foi um período não muito propício para a escultura.
  • Escultura da Idade das Trevas (500 a 800 d.C.) – Foi um tempo escuro e silencioso para os escultores europeus. A Igreja era fraca e os bárbaros dominavam, estes não eram grandes escultores. Na Irlanda, contudo, entre 800 a 1.100 d.C., a igreja monástica encomendou uma série de cruzes de pedra decoradas com cenas do Evangelho e outros padrões de estilo celta.
  • Escultura Românica “Antecipada” – carolíngia/otomana (800 a 1.050 d.C.) – O patrocínio das artes por Carlos Magno I foi o primeiro passo para a revitalização da cultura europeia. Muitas das igrejas românicas e góticas foram construídas sobre os fundamentos da arquitetura carolíngia. O período otomano deu continuidade às realizações arquitetônicas de Carlos Magno.

  • Escultura Românica (1.000 a 1.200 d.C.) – No século XI, a Igreja Católica começa a reafirmar-se. O expansionismo doutrinal leva às Cruzadas para libertar a Terra Santa das “garras” do Islã. O sucesso das Cruzadas e a aquisição de relíquias sagradas desencadeia a construção de novas igrejas e catedrais em estilo românico pela Europa. Fato que, por sua vez, leva à alta de comissões pela escultura românica e pelos vitrais. Com essa nova demanda, estabelecem-se novas oficinas de escultura e modelagem, com métodos de aprendizagem e reconhecimento de seus mestres-artesãos. Por volta do século XII, os principais escultores eram muito procurados por abades, Arcebispos e outros clientes seculares, em decorrência de sua contribuição única no impacto visual dos edifícios religiosos em construção.

Escultores de destaque: Gislebertus (séc. XII); Mestre de Cabestany (séc. XII); Mestre Mateo (séc. XII); Benedetto Antelami (séc. XII).

Meste de Cabestany - Saint-Hilaire Sarcofago di Saint Sernin

  • Escultura Gótica (1.150 a 1.300 d.C.) – O programa de construção da Igreja estimulou o desenvolvimento de novas técnicas de arquitetura. Estas técnicas foram reunidas durante o final do século XII em um estilo que os arquitetos renascentistas mais tarde apelidariam de “arquitetura gótica”. Características de estilo românico, como arcos, paredes grossas e janelas maciçamente pequenas foram substituídos por arcos ogivais, tetos altos, paredes finas e enormes vitrais. Isso transformou completamente o interior de muitas catedrais em paraísos inspirados em que a mensagem cristã era transmitida por meio de uma “Arte Bíblica”, incluindo belos vitrais e uma grande variedade de esculturas. As fachadas e portais das catedrais eram normalmente preenchidos com relevos escultóricos representando cenas bíblicas, profetas, apóstolos, antigos reis da Judeia e outras figuras do evangelho. No interior das catedrais, o destaque eram as estátuas e relevos, tudo de acordo com um plano complexo da iconografia cristã projetada para educar e inspirar adoradores que não liam nem escreviam. A catedral gótica tinha a intenção de representar o universo em miniatura – uma peça única da arte cristã projetada para transmitir uma sensação de poder e glória de Deus e da natureza racional ordenada de seu plano mundano. Entre as maiores construções de arquitetura gótica encontram-se as catedrais francesas de Notre Dame, Chartres, Reims e Amiens; as catedrais alemãs de Colônia, Estrasburgo e Bamberg; e as igrejas inglesas de Westminster e York Minster dentre outras. Em suma, a escultura gótica representou o ponto alto da arte religiosa monumental. Embora a Igreja continuasse a investir fortemente no poder da pintura e escultura para inspirar as massas (notadamente no período barroco da Contrarreforma), o período gótico foi realmente o apogeu da arte “idealista” religiosa. Daí em diante, a escultura tornar-se-ia cada vez mais uma arte de catequização.

Escultores de destaque: Nicola Pisano (1206-1278); Giovanni Pisano (1250-1314); Arnolfo di Cambio (1240-1310); Giovanni di Balduccio (1290-1339); Andrea Pisano (1295-1348); Filippo Calendario (1315-1355); Andre Beauneveu (1335-1400); Claus Sluter (1340-1406).

Para mais informações sobre a arte gótica, clique no link a seguir:

O vitral medieval – versão do texto “La vidriera medieval” de Victor Nieto Alcaide

BenQ Digital Camera

(Fonte: http://www.visual-arts-cork.com/sculpture-history.htm)

(Fonte das imagens: http://www.wikipedia.org)

Confira a 1ª parte do breve resumo sobre a história da escultura clicando no link a seguir:

Escultura (Breve Resumo da História – parte 1) e Conservação e Restauração