Por que a denominação reintegração cromática "mimética diferenciada", e não "tratteggio" ou "seleção cromática"?

Há algum tempo, quando pesquisávamos sobre a evolução das técnicas de reintegração, nos deparamos com o termo "mimética diferenciada" (no artigo "History of visual compensation for paintings" de Jilleen Nadolny) e resolvemos, a partir daí, adota-lo, haja vista que sabíamos que as designações "tratteggio" ou "seleção cromática" não se aplicavam integralmente à modalidade de reintegração cromática que vínhamos executando, tampouco se aplicam às variantes que são utilizadas, mais modernamente, como técnicas reconstrutivas pictóricas. Senão, vejamos: tem-se por "tratteggio" a técnica que  é mecânica e repetitiva, originalmente realizada com aquarela, com cores iminentemente puras, podendo ser misturadas na paleta de acordo com a necessidade, com um sistema de linhas rígidas e verticais e que tinha como regra o traço de 1 cm de comprimento, atualmente varia-se de acordo com a extensão da lacuna, destreza do restaurador e suporte; tem-se por "seleção cromática" a técnica que é composta por traços curtos e pequenos, com cores puras, não misturadas na paleta, empregando-se aquarela ou pigmentos em pó aglutinados por verniz, com traços que devem seguir a composição e que necessita de referências de cor e desenho. Ora, normalmente, quando reintegramos pictoricamente uma obra, utilizamos traços (em alguns casos, pontos) que seguem a composição e que variam de tamanho conforme a extensão da lacuna, ao mesmo tempo em que procuramos imitar as cores originais da obra com misturas na paleta, daí a razão, pela qual preferimos adotar o termo "mimética diferenciada", pois objetivamos, por meio desta técnica, apresentar ao observador uma imagem completa “de uma distância de observação normal”, porém, se a reintegração for observada mais de perto, deverá ser claramente reconhecida. Trata-se de um sistema específico de aplicação da tinta que difere do original para que se atinja este objetivo – com uma série de linhas finas, pequenos pontos, etc. Buscando-se, enfim, com esta técnica uma harmonização balanceada, combinando as vantagens da reintegração mimética com as da compensação diferenciada. A seguir fotografias e vídeo que ilustram a técnica, salientando-se que a reintegração encontra-se em andamento e as cores ainda carecem de saturação.