Getulio Alviani

Tendo mostrado talento para a concepção e desenho geométrico desde sua infância. Matriculou-se na Escola de Arte de Veneza, mas logo mostrou pouco interesse em seus estudos, passando as tardes em museus de Veneza na contemplação das obras-primas clássicas. Começou, ainda, a fazer pequenos trabalhos para arquitetos locais, havendo também ajudado artistas regionais na tintagem de projetos de gravuras. Sua primeira série foi ‘Os fios’, inspirada por fios elétricos aéreos. Fascinado por algumas superfícies polidas de alumínio encontradas em uma fábrica em que ele trabalhava: ou seja, depois de mais polimento e abrasão, ele criou seu marco ‘Superfici a testura vibratile’(superfícies de textura vibrante), ganhando reconhecimento internacional. Em 1961, foi convidado para a exposição de Zagreb ‘Nove Tendencije’, juntamente com outros artistas que trabalhavam em linhas semelhantes e exploravam as oportunidades de uma arte dinâmica que interagia com o espectador. Começa, então, a conviver e trocar experiências com artistas como Julio Le Parc, François Morellet e Enrico Castellani, participando ativamente das atividades da chamada GRAV (Groupe de Recherche d’Art Visuais) em Paris. Em 1962 mudou-se para Milão, onde se tornou amigo de Piero Manzoni e Lucio Fontana, este último muito interessado em suas obras e tendo comprado algumas de suas ‘superfícies’. Também trabalhou com outros artistas famosos como Max Bill, Bruno Munari e Josef Albers. Em 1964, foi convidado para exibir na Bienal de Veneza, compartilhando com sucesso uma sala com Enrico Castellani. Em 1965, Alviani participou no que foi considerado o ‘The Responsive Eye’, (olho responsivo) no MoMA, em Nova Iorque, juntamente com todos os artistas mais famosos do mundo da chamada ‘Kinetic e Programmed Art’ (Arte Cinética e Programada). Seu trabalho foi tão bem sucedido que o MoMA comprou e usou-o como imagem do cartaz para a próxima exposição do museu, ‘As Novas Aquisições’. Em 1968, ele foi convidado a ‘Documenta 4’, em Kessel, Alemanha (A ‘Documenta’ é considerada uma das maiores e importantes exposições de arte contemporânea e arte moderna internacional que ocorre a cada cinco anos em Kassel, Alemanha). Ao longo da década de 1970, ele viajou para a América do Sul, e aceitou, a pedido de Jesús Rafael Soto, a direção do Museu Jesús Soto de Arte Moderna, na Venezuela. Exibe novamente na Bienal de Veneza em 1984, 1986 e 1993. Exibindo, ainda, na ‘Trienal de Milão’, no ‘Kunsthaus Graz’, ‘Palazzo delle Papesse em Siena’, ‘Academie de France’, em Roma, na ‘Bienal de Buenos Aires’, na exposição itinerante ‘Luz, Movimento e Programação’, e na ‘Quadriennale’ de Roma. As obras de Alviani são negociadas em leilões de arte moderna italianos e internacionais, tais como as ‘vendas italianas’, realizada em Londres pela Christie e Sotheby. Entre suas obras mais apreciadas pelo mercado são a ‘Superfici a testura vibratile’, nas quais o alumínio polido reflete a luz em diferentes tons de acordo com o ângulo em que eles são vistos. Outras obras de Alviani são as ‘superfícies cromodinâmicas’, em que as interações de cores primárias são estudadas juntamente com seus reflexos de ilusão de anéis refletidos em superfícies metálicas.” (http://en.wikipedia.org/wiki/Getulio_Alviani)